
Foto: Charles Guerra (Diário)
Quem irá votar nas eleições deste ano deverá ficar atento ao prazo para fazer o título, mudar de seção (local de votação) e pedir transferência de domicílio eleitoral (mudança para votar em outra cidade). A solicitação desses serviços se encerrará na próxima quarta-feira, dia 9. Incluindo o dia de hoje, os atuais e futuros eleitores de Santa Maria, Itaara, São Martinho da Serra e Silveira Martins têm apenas seis dias para providenciar alistamento e atualização de dados. Isso porque os cartórios da 41ª e da 135ª Zonas não farão plantão sábado e domingo, como ocorria em outras épocas. Os cartórios abrem durante a semana das 12h às 19h.
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É bem provável que aqueles que deixaram para ir aos cartórios na última hora encontrarão filas. A diferença é que desde março, o atendimento está mais rápido com a ajuda de seis militares cedidos pelo Exército, conforme convênio firmado com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Além da redução do tempo de espera, o aumento do efetivo da Justiça Eleitoral permitiu que os cartórios atendam mais pessoas.
Na tarde de segunda-feira, 260 pessoas foram atendidas em Santa Maria até as 18h30min, conforme o chefe do cartório da 135ª Zona Eleitoral, Vinicius Teixeira. Na terça-feira, feriado do Dia do Trabalho, não houve expediente.
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EM DIA COM A JUSTIÇA ELEITORAL
Casos em que as pessoas devem comparecer aos cartórios e quais documentos levar:
- O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros com 18 anos completos e facultativo aos jovens de 16 e 17 anos, aos maiores de 70 anos e aos analfabetos
- Para votar nas eleições deste ano, em que serão escolhidos presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais, o eleitor precisa estar em dia com a Justiça Eleitoral
- O prazo para fazer o título (seja o primeiro ou porque a pessoa perdeu o documento), pedir transferência de cidade, para mudar de seção (para votar em outra região da cidade, o que também vale para pessoas que têm deficiência física ou problema de locomoção) e para transgêneros, transexuais e travestis incluir o nome social no documento de votação termina no dia 9 de maio, próxima quarta-feira
Para fazer o 1º título
- Carteira de identidade ou carteira de trabalho ou certidão de nascimento/casamento (não serão aceitos como documento oficial de identidade para fins de alistamento eleitoral carteira de motorista e passaporte)
- Certificado de quitação do serviço militar obrigatório ou de prestação do serviço alternativo (ex.: protocolo de apresentação, dispensa, terceira, entre outros). A apresentação deste documento, que pode ser obtido na Junta de Serviço Militar, é obrigatória para homens maiores de 18 anos
- Comprovação recente de domicílio eleitoral (conta de água, luz, telefone, escritura de imóvel, etc)
Para transferência de cidade
- Título de eleitor
- Carteira de identidade ou carteira de trabalho ou certidão de nascimento/casamento (Carteira de motorista e passaporte não serão aceitos)
- Comprovante recente de domicílio eleitoral (cidade onde a pessoa vota)
Para incluir nome social
- Transexuais, travestis e transgêneros podem incluir no título de eleitor e no caderno de votação o nome pelo qual deseja ser chamado mediante declaração
- É exigida a mesma documentação para fazer o alistamento eleitoral ou pedir transferência
Para alteração de outros dados
- Título de eleitor
- comprovante recente de domicílio
- Documentos com os dados a serem corrigidos
HORÁRIOS DOS CARTÓRIOS
- Os dois cartórios da Justiça Eleitoral de Santa Maria funcionam na Avenida Medianeira, 2.053, Centro, e atendem somente durante a semana das 12h às 19h. Informações pelos fones (55) 3222-8459 (135ª Zona, que também atende Itaara) e (55) 3222-6559 (41ª Zona, que também atende São Martinho da Serra e Silveira Martins)

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MOVIMENTO AUMENTOU
Entre as 260 pessoas atendidas na Justiça Eleitoral na tarde da última segunda-feira, estavam quatro irmãs moradoras do Bairro Urlândia, Santa Maria. As gêmeas Paulina e Paola Marinho Rodrigues, 18 anos, foram fazer o primeiro título, assim como a irmã Andressa Rodrigues de Oliveira, 20, que também não tinha o documento. A outra irmã, Ana Maria Rodrigues de Oliveira, 23, foi pedir a transferência de local de votação.
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Com a filha Michele, de seis meses, Ana Maria contou que morava na Vila Maringá, no Bairro Diácono João Luiz Pozzobon, e agora conseguiu mudar para o novo endereço. Ela foi atendida em 20 minutos (antes, segundo os cartórios, a média era de duas horas de espera) e elogiou o atendimento. Sobre a possibilidade de o país melhorar com a escolha de novos governantes, as irmãs alimentam um pouco de esperança.
- Eu espero que sim - disse Paulina, mãe de Nicolas Emanuel, de sete meses, que ficou no colo de uma das tias enquanto a dona de casa providenciava seu primeiro documento de votação.

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Foto: Charles Guerra (Diário)
Os estudantes e amigos André Pereira Menshe, 16, e Deivid da Silva, 15, moram no Bairro Nova Santa Marta e foram juntos ao cartório para encaminhar o primeiro documento que lhes dará direito a votar. No caso de jovem de 15 anos, ele completa os 16 no final de junho, podendo votar em outubro.
- Aproveitei agora para não precisar daquela correria em outro ano (eleitoral) - explicou Menshe.
Já a empregada doméstica Rosimari Monge, 54 anos, resolveu transferir o domicílio eleitoral de Porto Alegre para Santa Maria. Ela contou que tinha título em Porto Alegre há 34 anos, mas nesse período, morou uma década na capital e outros 12 anos em Santa Maria. Quando não conseguia viajar para votar, ela justificava. Rosimari não tem muita esperança de que o Brasil melhore após as eleições deste ano.
- Hoje não tenho opção. É claro que eu espero que melhore, mas vou ter que pensar bem, votar em branco ou anular não adianta porque favorece algum candidato - disse a trabalhadora.